Uma das ideias mais perigosas que existe é a de dualidade.
Soa místico. Yin Yang, bem versus
mal, ordem versus caos, herói versus vilão, sim e não, corpo e alma, Deus
versus diabo, 1 e zero. Praticamente toda nossa cultura baseia-se no número
dois. Dois é o número básico do conflito. O mínimo de pessoas necessárias para
que haja uma briga, um desentendimento, um acasalamento e uma terceira vida.
Somos atraídos pela dualidade como mariposas por uma lâmpada. E,
invariavelmente, algo morre se seguimos cegamente este inexplicável instinto.